"Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si;..." Isaías 53:4

Talvez você já tenha visto o retrato clássico de Cristo no jardim.  Ajoelhado perto de uma grande pedra. Vestes brancas como a neve. Mãos tranquilas unidas em oração. Olhar de serenidade no rosto. Um halo sobre a cabeça. Uma luz, como a de uma refletor, descendo do céu, iluminado-lhe o cabelo castanho-claro.
Bem, não sou artista, mas uma coisa posso lhe dizer. O homem que fez aquela pintura não se baseou no evangelho de Marcos. Quando escreveu sobre a noite dolorosa, ele usou fases como: "Começou a ficar aflito e angustiado", "A minha alma está profundamente triste" e "Indo um pouco mais adiante, prostrou-se".  Por acaso isso se parece com a imagem de um Jesus pio, descansando na palma da mão de Deus? Dificilmente. Marcos usou tinta preta para descrever essa cena. Vemos um Jesus agonizante, tenso e em conflito. Vemos "um homem de dores" (Isaías 53:3)
Vemos um homem brigando contra o medo, lutando com comprometimentos e desejos  obter alívio.
Vemos Jesus na obscuridade de um coração partido
Mais tarde, o autor de Hebreus escreveria "Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas àquele que o podia salvar da morte" Hebreus 5:7
 Puxa, que imagem! Jesus sente dor.
Jesus está com medo.
Jesus está recoberto não de santidade, mas de humanidade.
 Da próxima vez que a obscuridade o encontrar, seria bom relembrar de Jesus no jardim.
Da próxima vez que ninguém o entender, releia o capítulo 14 de Marcos.
Da próxima vez que a autopiedade convencê-lo de que ninguém se importa com você, faça uma visita ao Getsêmani.
E da próxima vez que ficar na dúvida se Deus realmente percebe a dor que predomina neste planeta poeirento, ouça-o orando por entre as árvores retorcidas.
 Da próxima vez que for chamado a sofrer, preste atenção.
Talvez seja a situação na qual você chegará mais perto de Deus.
Olhe com cuidado.
E bem possivel que a mão que se estende para conduzi-lo à saída da obscuridade seja uma mão perfurada.
 
Parte do Livro "Seu Nome é Jesus" de Max Lucado

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