"Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança. A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade" Lamentações 3:21;23

Você
certamente já deve ter-se sentido como aquele homem que desalentado, viu sua
vida mergulhar numa longa e infindável noite.
Noite
longa, escura e obscura.
Noite de
enfado e canseira, noite cujas horas demoravam a passar.
Ao se
deitar naquela noite os seus cabelos eram pretos, quase negros, e ao acordar na
manhã seguinte eles estavam brancos.
Talvez
fossem as lágrimas, derramadas na noite tempestuosa.
O mundo
ruíra.
As manhãs por mais claras e belas que fossem eram sempre encaradas
com o cenho franzido e exausto, enfadado e enfastiado.
Cinzentas,
extremamente cinzentas.
Tudo
parecia tão distante e inacessível.
Por vezes
pensava que Deus havia esquecido dele, porém Deus não havia esquecido dele e de
nenhum dos seus filhos.
É que o
homem, na sua angústia e dor, não havia notado a presença de Deus nos detalhes,
nas coisas que o circundavam.
Até das
flores muito apreciadas ele já não conseguia sequer lembrar dos aromáticos
perfumes delas.
Tudo era
por demais sombrio e tristonho.
Mas Deus
estava ali.
Um dia o
homem começou a se perguntar o porque de tudo aquilo.
Não
encontrou respostas.
Novamente
perguntou e insistiu na pergunta.
Novamente
ficou sem respostas.
Então ele
se deu conta de que as respostas para a sua dor estavam ali diante dele, no dia
radiante, esfuziante e esplêndido.
Como ele
não se dera conta antes?
Quanto
tempo ele havia perdido. Então ele arriscou tudo numa única e definitiva
frase.
Bom dia, Esperança!
A sua mente desanuviara-se por completo e num
momento, precisamente no instante seguinte ele pode notar e sentir de que a
Esperança jamais o abandonara.
A
Esperança havia estado ao lado dele o tempo todo, mas na sua lenta e sofrida
agonia ele não pode vê-la em instante algum.
De todos
os meios e formas ele traria à memória tudo aquilo que lhe pudesse lembrar a
Esperança.
E tudo a
sua frente parecia lhe mostrar a Esperança.
Bendita
Esperança. Onipresente Esperança.
Os dias de
escuridão e desânimo já haviam ficado para traz.
Até as
flores pareciam exalar o mais puro dos perfumes.
A vida
havia voltado, apesar dos cabelos brancos.
Ele
acordara do pesadelo e da longa e infindável noite.
Tudo por
causa da Esperança. Bendita Esperança!
Onipresente
Esperança!
Por isso a cada manhã ele saudava:
Bom dia,
Esperança!
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